Você sabe como proteger sua empresa contra ataques cibernéticos? Esse problema tem se tornado uma preocupação crescente para muitas organizações. Com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o vazamento de informações confidenciais de clientes pode resultar em multas elevadas, além de causar danos financeiros e perda de credibilidade. Esses impactos comprometem a saúde do negócio e a previsibilidade dos gastos.
Adotar medidas para mitigar ou eliminar esses riscos deve ser uma prioridade, especialmente porque todas as empresas lidam, hoje, com a gestão de dados sensíveis. Vale destacar que muitos clientes pesquisam sobre a segurança de seus fornecedores antes de fechar qualquer contrato.
Neste material, explicamos mais sobre como evitar esses ataques. Continue a leitura e saiba mais!
Dados sobre os ataques cibernéticos
Antes de entendermos sobre os riscos que os ataques cibernéticos trazem para as organizações, é interessante conferirmos dados relacionados ao tema. O Brasil, inclusive, segue com números preocupantes sobre esses riscos. Para se ter uma ideia, trata-se do principal alvo de hackers no continente, sendo um dos principais quando fazemos uma análise global. No segundo semestre de 2023, houve mais de 350 mil ataques, contra 328 mil do primeiro semestre.
Existem setores que são mais acometidos nesse sentido. O de telecomunicações sem fio, por exemplo, está na liderança, com mais de 80 mil ataques, o que representa um aumento de impressionantes 140% no segundo semestre de 2023. Depois, o transporte de cargas e o processamento de dados foram áreas que tiveram destaque nesse sentido.
Na América Latina, além do Brasil, outros países também sofreram com os ataques cibernéticos. A Argentina, segunda colocada, representou mais de 80 mil ataques, enquanto o Peru um pouco mais de 70 mil.
Como evitar ataques cibernéticos
Diante desse cenário, é importante que as empresas busquem por alternativas para evitar ataques cibernéticos, uma vez que isso prejudica a reputação do negócio, coloca em cheque as finanças da empresa e também impacta no planejamento estratégico e na perda de clientes. Com isso, profissionais precisam dedicar parte de suas atividades para contornar um cenário de crise em vez de ter foco nas ações que visam melhorar os resultados do negócio, o que é muito negativo em um contexto completivo.
A seguir, selecionamos algumas das principais dicas que podem ser colocadas em prática por parte de seu negócio. Confira!
Mude a cultura de seu negócio
O primeiro passo para proteger sua organização contra riscos cibernéticos é promover uma transformação na cultura do negócio. Comportamentos que antes não eram vistos como problemáticos agora podem representar sérias ameaças.
Por exemplo, quando um colaborador utiliza o computador da empresa para acessar sites de compras pessoais, isso pode comprometer a segurança de toda a rede. Esse cenário evidencia a necessidade de conscientizar as pessoas e incentivar mudanças de atitude no ambiente corporativo.
Embora existam diversas estratégias e ações que sua empresa pode adotar para mitigar e evitar riscos, o ponto de partida sempre será as pessoas. Um exemplo comum de ameaça são os ataques de phishing, que têm se tornado cada vez mais sofisticados, enganando usuários que acabam clicando em links maliciosos e compartilhando informações confidenciais.
É importante que anexos ou links suspeitos sejam tratados com cautela, considerando a habilidade dos criminosos em criar páginas falsas quase idênticas às legítimas, induzindo ao erro. Mais à frente, abordaremos a importância de treinamentos para colaboradores, mas a base de tudo está na construção de uma cultura organizacional voltada para a segurança.
Tenha um plano de gerenciamento
Ao elaborar um plano de gerenciamento, é importante dar um passo atrás e realizar algumas análises. Entre elas, destacamos:
fazer uma análise de riscos com base no segmento da sua empresa, identificando os riscos com maior probabilidade de ocorrência, para que o plano de gerenciamento contemple esses ataques e formule ações adequadas;
desenhar uma resposta à crise, considerando os impactos internos e externos que cada tipo de ataque pode causar e envolvendo as diferentes áreas da empresa;
ter contatos de emergência disponíveis para que qualquer profissional, ao ser notificado sobre um ataque, possa acionar imediatamente as medidas necessárias e iniciar o plano o quanto antes;
criar estratégias de comunicação para manter parceiros, fornecedores, clientes e outras empresas relacionadas devidamente informados.
As empresas devem avaliar cuidadosamente o impacto das crises, tanto no atendimento aos clientes quanto nas operações internas. A interrupção das atividades pode paralisar áreas inteiras, causando atrasos e respostas mais lentas aos clientes.
Além disso, é importante que as respostas sejam adaptadas a cada tipo de incidente, como malware, ransomware, engenharia social ou phishing.
Mantenha trabalhadores remotos protegidos
Caso a sua empresa ainda mantenha a modalidade de trabalho remoto, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente no que diz respeito sobre a conscientização. Como a pessoa atua sem contato próximo com outras pessoas do time, a comunicação sobre um e-mail recebido não será feita de imediato, o que pode acabar levando ao usuário clicar em links suspeitos. Com isso, as chances de phishing aumentam consideravelmente.
Além disso, outros pontos podem ser considerados para proteger profissionais que atuam longe dos espaços físicos de seu negócio, como:
fazer homologação de todos os dispositivos com o intuito de que apenas pessoas autorizadas os acessem, além de ter senhas fortes para a entrada nessas máquinas e com mudanças contínuas e obrigatórias dessas palavras-chave;
realizar o gerenciamento de senhas seguras não apenas para as máquinas, como também para os e-mails, acessos às ferramentas utilizadas pelo negócio, entre outros pontos;
exigir autenticação de dois fatores (2FA) para todos os canais de comunicação e também para os e-mails dos colaboradores, o que impede que criminosos consigam acessar as informações e entrar nas soluções sabendo apenas as senhas;
adotar boas práticas para o uso dos e-mails, com treinamentos para que profissionais de diferentes áreas consigam identificar com precisão quando se tratar de um link suspeitos;
fazer o gerenciamento de dispositivos móveis;
proibir que colaboradores acessem as máquinas da empresa a partir de redes suspeitas;
contar com o uso de VPN;
levar aprendizado contínuo para os profissionais.
Gerencie privilégio de usuários
Gerenciar os privilégios de usuários na empresa é uma tarefa que pode ser realizada com base em quatro práticas principais: princípio do menor privilégio, definição de papéis e responsabilidades, gestão centralizada de acessos e monitoramento contínuo.
O princípio do menor privilégio refere-se a conceder apenas as permissões indispensáveis para que o colaborador execute suas atividades. Por exemplo, imagine que uma pessoa acabou de ingressar na equipe de atendimento. Ela precisará acessar o CRM para gerenciar clientes, o e-mail corporativo e outras ferramentas diretamente ligadas às suas funções. No entanto, ferramentas que não estejam relacionadas a essas tarefas não devem estar disponíveis para ela, concorda?
A definição de papéis e responsabilidades estabelece perfis de acesso baseados nos cargos e nas funções de cada colaborador. Por exemplo, o gerente de uma área não apenas orienta sua equipe sobre os riscos, mas também possui acesso a um número maior de ferramentas e canais de comunicação devido às suas responsabilidades.
Na gestão centralizada de acessos, é recomendável implementar uma solução de gerenciamento de identidade e acesso (IAM), que permita controlar e monitorar os privilégios concedidos a cada colaborador. Isso garante mais agilidade e segurança na administração de acessos.
Por fim, o monitoramento contínuo é crucial para identificar falhas ou excessos no processo. Revisar periodicamente os acessos reduz os riscos de permissões inadequadas ou desatualizadas.
Faça auditoria com uma empresa confiável
Para contratar uma auditoria eficiente e confiável, algumas dicas podem ser seguidas por parte das organizações. Entre elas, destacamos especialmente:
registro: o primeiro passo para a contratação é entender se a empresa tem competência técnica para exercer essa função. Trata-se de uma atividade que requer profissionais respeitados e céticos, uma vez que vai examinar toda a empresa para entender se existe alguma falha em sistemas ou se há risco sério de ocorrer problemas relacionados à vazamento de dados ou ainda a problemas internos nas diferentes áreas;
experiência: busque por empresas que sejam recomendadas por outros profissionais, uma vez que esse é um serviço sério que deve ser feito com igual seriedade. Quando há recomendação por parte de outras empresas, as chances de acertar na escolha aumentam consideravelmente, de modo que o seu negócio corra menos riscos de sofrer as consequências de um problema como os que apresentamos;
estrutura: entenda também sobre a estrutura do negócio, especialmente caso a sua empresa seja de grande porte, pois cuidados específicos para organizações maiores devem ser levados em consideração no momento de fazer as transformações culturais e de treinar colaboradores;
ética: o princípio da ética é um dos mais importantes de uma auditoria, pois precisa ser 100% transparente a respeito dos estudos e levantamentos.
Neste material, trouxemos algumas informações úteis a respeito de proteger a sua empresa de ataques cibernéticos, com dicas práticas sobre o tema. Como vimos, são mudanças simples que podem ser adotadas com o intuito de garantir mais efetividade para o seu negócio e ao mesmo tempo mais credibilidade perante o mercado, impactando positivamente os resultados.
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