Marketplaces asiáticos revolucionaram o modo de compra internacional e vendas no Brasil já ultrapassam os R$ 20 bilhões.
O continente asiático é um dos maiores polos de inovação do planeta. E quando falamos de e-commerce, a China desponta como principal referência, mantendo com sucesso a liderança global em vendas online e exportando tendências para o comércio eletrônico no mundo todo.
Uma delas é o cross border, também conhecido como “comércio transfronteiriço” e que se baseia na compra e venda de produtos internacionais por meio de marketplaces, como Aliexpress, Shopee, Amazon, E-bay, Mercado Livre e Shein.
O Cross Border cresceu 76% em receita no Brasil em 2020, segundo pesquisa da Ebit | Nielsen, gerando R$ 22,7 bilhões, o que representa mais de 20% do e-commerce brasileiro. De acordo com o relatório Comércio Sem Fronteiras 2021 (Borderless Commerce Report), realizado pelo PayPal, cerca de 57% dos brasileiros fizeram pelo menos uma compra internacional no último ano.
“Os consumidores brasileiros enxergam vantagens promissoras na compra de produtos dentro dos marketplaces chineses, seja o preço baixo, a variedade de produtos e até mesmo a rapidez de entrega. Foi uma solução e tanto para quem queria comprar produtos de fora, mas se deparava com as restrições de viagem impostas pela pandemia. E os marketplaces chineses souberam aproveitar o cenário favorável e investiram em serviços cada vez melhores, com atendimento em português nos portais, melhoria nas condições de frete, oferta de formas de pagamento local, entre outros aspectos”, avalia Franklin Bravos, CEO da Signa, startup que já profissionalizou mais de 500 e-commerces no Brasil.
Da China para os marketplaces brasileiros
De olho nesse ‘boom’ de vendas dos grandes players internacionais, empresas brasileiras como Magazine Luiza, B2W e Via Varejo estão apostando no e-commerce cross border e buscam se adequar a essa tendência do mercado, investindo em novas formas de pagamento e na cadeia logística.
“As empresas brasileiras viram o potencial do cross border e buscam implantar tecnologias que as permitam atingir públicos de forma global”, explica Bravos. “No Brasil, o cross border segue em fase embrionária, mas, com o avanço da digitalização e o crescimento do e-commerce, esse cenário poderá mudar rapidamente. Certamente, será um dos principais caminhos para lucrar mais e diversificar a base de clientes em nível global".
Fonte: Contábeis