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Entrevista – A importância da Cibersegurança no contexto da pandemia com Wanderson Castilho

Neste mês, entrevistamos Wanderson Castilho, nosso especialista em crimes cibernéticos, graduado em Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1995 e fundador da eNetsec. Trabalha em segurança cibernética e fraudes desde 1999, e é autor do livro “Manual do Detetive Virtual”. Atualmente baseado em Parkland – Flórida, é referência em casos ilícitos digitais no Brasil, com índice histórico de 97% de casos resolvidos. Entre eles estão inclusos casos de difamação anônima, vazamento de informações, roubo de senhas, entre outros.

Wanderson conversou conosco sobre os novos desafios para o setor de segurança digital no contexto da pandemia do Coronavírus, e a adoção da prática de homeoffice.

Confira abaixo os principais trechos da nossa entrevista*:

  1. A Pandemia e o homeoffice trouxeram novos desafios para o campo da Cibersegurança?

    Sem dúvida. Antes da pandemia os funcionários estavam dentro de uma estrutura de segurança, estrutura essa que não foi estendida ao ambiente doméstico. Então, com o homeoffice, você tem questões como: colaboradores utilizando equipamentos pessoais para acessar arquivos da empresa, senhas de wi-fi que não são seguras, sistemas desatualizados, entre outras. Se aproveitando deste cenário de vulnerabilidades, os criminosos entram em ação.

    Para se ter uma idéia, desde o início da pandemia, houve um aumento de mais de 400% na quantidade de ciberataques mundialmente.

    Com uma pandemia a sociedade fica vulnerável, com medo, e isso deixa o usuário mais fragilizado para o crime eletrônico. Quanto mais o usuário estiver atento a outras coisas, melhor para esse criminoso.

  2. Quais cuidados as empresas devem tomar durante o período de homeoffice para minimizar riscos e ameaças virtuais?

    O colaborador foi obrigado a deixar essa estrutura de segurança centralizada da empresa, onde era possível monitorar a conduta e proporcionar uma maior proteção, e ele não foi treinado para isso. Ele foi treinado para atuar dentro daquele ambiente seguro, com todas as ferramentas de segurança que precisaram de tempo e grandes investimentos para serem implementadas.

    No ambiente doméstico desse colaborador não existe esta estrutura, ele está, na maioria vezes, utilizando o computador e equipamentos pessoais para trabalhar. Por isso a necessidade de que as empresas entreguem seus equipamentos aos colaboradores. Hoje as empresas conseguem monitorar (se os computadores forem da empresa) tudo que acontece, independente de onde o computador está, ele vai estar interligado e monitorado.

    É importante ter Políticas bem definidas. Definir o que o colaborador pode e o que ele não pode. E não apenas uma vez, mas constantemente, esse colaborador precisa ser informado, por exemplo: que ele não pode passar arquivos da empresa para a sua conta pessoal, não pode imprimir arquivos da empresa e ficar com estes documentos, não pode usar o computador da empresa para as suas funções pessoais, etc.

    Recentemente foi aprovada a LGPD, e isso prevê para as empresas grandes punições caso elas invadam a privacidade do colaborador. Então, ter essas Políticas bem definidas e o controle sobre ela é de suma importância para a existência da empresa hoje.

  3. Na sua visão, as empresas brasileiras, em geral, estão em conformidade com as melhores práticas de segurança e preparadas para lidar com ameaças? Ou estamos defasados em relação ao resto do mundo?

    Aqui nos Estados Unidos as empresas visam muito a prevenção. De tempos em tempos as empresas americanas contratam hackers, que tentam invadir e de alguma forma acessar informações protegidas da organização. E isso faz com que eles acabem prevendo falhas que só um bandido iria identificar. Desta forma é possível fazer a segurança preventiva.

    Do ponto de vista da tecnologia, o que é lançado aqui (EUA) uma empresa brasileira tem acesso no mesmo dia do lançamento. Existem diversas convenções, feiras mundiais, e muitas empresas brasileiras frequentam essas feiras tecnológicas. Mas, na média, as empresas brasileiras estão muito mais vulneráveis, porque muitas vezes dão prioridade a outras questões na forma como utilizam o seu budget.

    Temos no Brasil fatores como, carga tributária muita alta, questões relacionadas a custos trabalhistas, e as empresas acabam não investindo o suficiente no treinamento dos seus colaboradores. Nos Estados Unidos o investimento no treinamento dos colaboradores é muito maior, o que faz com que esses profissionais fiquem mais capacitados, enquanto no Brasil a consciência é um pouco diferente quanto a isso. Essas atualizações de leis, como a LGPD, farão com que a maioria das empresas fiquem mais profissionais com relação a esse ponto da segurança digital.

  4. Quais os obstáculos mais comuns para estabelecer uma política de segurança?

    O obstáculo é realmente dar início a esse processo, porque existe a questão do custo e do tempo. Uma política de segurança não é implementada de um dia para o outro, ela é implementada ao decorrer de vários meses. É uma mudança de consciência e de comportamento.

    A estrutura toda precisa ir se adaptando, o que é um processo relativamente lento, mas que precisa ser duradouro, sempre alertando, reforçando essa política de segurança para o colaborador. Porque se acontecer alguma coisa, a empresa estará respaldada.

    Outro fator que a empresa precisa ter em mente é que, não somente ter implementado ferramentas e uma equipe de segurança, mas também é importante ter uma equipe que saiba como atuar quando um incidente de segurança ocorrer. Essa equipe pode ser de uma empresa terceirizada não precisa ser própria, e vai saber exatamente como proceder de acordo com a lei.

    Nós já pegamos casos em que as empresas tinham a informação comprovando como um colaborador fraudou a empresa, mas a forma como a empresa conseguiu a informação era ilegal, e o próprio funcionário, que tinha agido de má fé de forma criminosa, acabou processando a empresa que não sabia a forma como armazenar e resgatar essas informações do ato ilegal.

*Essa entrevista foi editada para selecionar os principais trechos e opiniões.

Ilustração: Designed by macrovector / Freepik

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PostedNovember 27, 2020
AuthorPaulo Guará